A confirmação veio poucas horas depois de a agência Bloomberg revelar que os detentores dos títulos não haviam recebido o pagamento e que a Idesa havia entrado no período de carência. Segundo a reportagem, o caixa reduzido (hoje em apenas US$ 46 milhões), a demanda fraca, os insumos mais caros e uma alavancagem que saltou para 25 vezes o Ebitda, mais que o dobro do trimestre anterior, ajudam a explicar o atraso.
O movimento também se conecta ao comunicado divulgado em setembro, quando a Braskem informou que a Idesa havia contratado o banco Lazard e os escritórios Cleary Gottlieb e Sainz Abogados para revisar sua estrutura de capital e liquidez — uma preparação típica para renegociação de dívidas.
Após o episódio, a agência Fitch rebaixou o rating da Idesa para CC, citando “alta probabilidade” de não calote, e os bonds da companhia despencaram no mercado secundário.
Operadores também especulam que o bilionário mexicano Carlos Slim, acionista da sócia Idesa, estaria comprando parte desses títulos para reforçar sua posição. A Braskem, que detém 75% da joint venture, disse apenas que manterá o mercado informado sobre novos desdobramentos.