A Braskem (BRKM5) anunciou nesta sexta-feira (21) que acertou acordo com o município de Maceió para o pagamento de R$ 1,7 bilhão como indenização, compensação e ressarcimento integral devido aos danos causados pelo afundamento de solo ocorrido na capital alagoana.
De acordo com comunicado, o acordo ainda está sujeito à homologação judicial.
A companhia afirmou que do montante de R$ 1,7 bilhão, cerca de R$ 700 milhões já estavam provisionados.
Afundamento do solo
Em março de 2018, um projeto de extração de sal da Braskem em uma área de falhas geológicas provocou o afundamento do solo em Maceió, capital de Alagoas. As rachaduras nos imóveis apareceram após um tremor de terra na cidade.
Mais de 14 mil imóveis condenados em cinco bairros de Maceió: Pinheiro, Bom Parto, Mutange, Bebedouro e Farol. E cerca de 55 mil pessoas tiveram que deixar suas casas após interdição dos imóveis.
O abalo foi causado pelo deslocamento do subsolo por conta da extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é extraído para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), pela Braskem, que atuava na região desde 1976. A companhia encerrou a extração do minério na região em 2019. No total, mais de 200 mil pessoas foram afetadas pelo desastre.
A Prefeitura de Maceió informou nesta sexta que a indenização paga pela Braskem será destinada à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).
Em abril deste ano, a Justiça de Alagoas determinou o bloqueio cautelar no montante aproximado de R$ 1,1 bilhão em contas bancárias da Braskem.
A quantia tinha como objetivo garantir o ressarcimento dos prejuízos causados pelo afundamento dos bairros em decorrência da mineração feita pela petroquímica no estado.
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