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BTG vai fornecer 8 milhões de créditos de carbono à Microsoft

A operação de retirada de carbono é a maior conhecida, segundo o MSCI Carbon Markets

O Timberland Investment Group, fundo do BTG, fechou acordo para fornecer 8 milhões de créditos de carbono à Microsoft até 2043, segundo anunciou nesta terça-feira (18). O valor em dólares para o acordo não foi divulgado.  

A transação de créditos de retirada de carbono é a maior já conhecida, segundo dados do MSCI Carbon Markets apresentados pelo BTG, em comunicado à imprensa. Os créditos serão entregues por meio da estratégia de reflorestamento e recuperação de US$ 1 bilhão do fundo TIG na América Latina, na qual a Conservation International atua como consultora de impacto no meio ambiente, no clima e na esfera social.

A estratégia se baseia na conservação, restauração e plantio de propriedades desmatadas e degradadas em regiões selecionadas da América Latina, incluindo o bioma do Cerrado, no Brasil, um dos ecossistemas sazonalmente secos mais diversos do mundo.

Segundo o The Wall Street Journal, o projeto a ser realizado no principal estado produtor de grãos e carne bovina do Mato Grosso do Sul, visa comprar fazendas e pastagens e cobri-las novamente com árvores. Metade do terreno será destinada a dezenas de espécies nativas, como ipê e jatobá, e o restante a árvores para madeira, principalmente eucalipto. 

O investimento da Microsoft faz parte de um plano do BTG TIG, em parceria com a organização sem fins lucrativos Conservation International, para reunir US$ 1 bilhão para comprar, arrendar ou de outra forma investir em mais de 135 mil hectares (333.592 acres) de terras agrícolas, uma área quase 23 vezes o tamanho de Manhattan, durante um período de cinco anos que termina em 2027 e devolvê-lo à floresta.

Este não é o primeiro projeto de restauração da Microsoft no Brasil. No mês passado, a empresa concordou em comprar 3 milhões de toneladas de CO 2 em um projeto executado pela re.green, empresa carioca de Armínio Fraga e da família Moreira Sales, com projetos de restauração na Amazônia e na Mata Atlântica costeira.

E no ano passado, a Microsoft assinou um acordo de 1,5 milhão de toneladas com a Mombak, uma empresa de remoção de carbono sediada em São Paulo, esta focada na restauração da floresta amazônica.

Na semana passada, a Anew Climate, uma fornecedora de produtos e serviços climáticos com sede no Texas, anunciou um acordo para entregar 970 mil toneladas de remoção de carbono baseada na natureza para a Microsoft em projetos nos EUA.

A Microsoft disse que prevê que, além de reduzir suas próprias emissões, precisará comprar dezenas de milhões de toneladas métricas para atingir suas metas de zero emissões líquidas para 2050 e espera obter cerca de 50% delas de projetos baseados na natureza.

*Com informações da Bloomberg e do The Wall Street Journal

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