O pedido de Tanure foi feito no início de julho, quando o empresário baiano ainda tinha exclusividade sobre as negociações pelos papéis da Novonor (ex-Odebrecht). Após o Cade dar um primeiro aval, a Petrobras contestou a decisão. “O Cade foi provocado e não poderia deixar de dar uma resposta. É uma operação hipotética que hoje não existe”, disse uma pessoa próxima ao negócio.
A exclusividade de Tanure expirou em agosto e sem uma proposta vinculante, e agora a preferência está nas mãos da gestora IG4, que fechou acordo semelhante com os bancos credores da Odebrecht, detentores das ações da petroquímica como garantia de empréstimos.
Atualmente, é a IG4 quem está na mesa de negociação para tentar assumir o controle da Braskem. Conforme o InvestNews mostrou na terça-feira (30), as conversas entre bancos (Itaú, Bradesco, Santander, BNDES e Banco do Brasil), Petrobras e a gestora avançam para uma definição sobre a nova diretoria e os ativos que podem ser vendidos.
Com o desfecho positivo no órgão antitruste, Tanure mantém condições de voltar ao jogo e avançar em um acordo pelo controle da Braskem caso as negociações com a IG4 não tenham sucesso até 20 de novembro, quando vence a exclusividade da gestora comandada por Paulo Mattos.