O Carrefour Brasil (CRFB3) registrou prejuízo líquido aos acionistas controladores de R$ 113 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo lucro de R$ 370 milhões um ano antes, impactado por elevação nos custos e investimentos para conversão de lojas adquiridas do BIG, conforme balanço publicado nesta terça-feira.
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Analistas, em média, esperavam prejuízo líquido de R$ 20,2 milhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.
“Grande parte desse prejuízo foi explicada pelos investimentos que estão sendo feitos no BIG, que passam pelas linhas de despesas”, disse o diretor financeiro da empresa, Eric Alencar, a jornalistas. Ele foi eleito para o cargo no final de março.
“Temporariamente, existe esse efeito, até porque estamos executando as conversões mais rápido do que prevíamos”, acrescentou ele.
O Carrefour Brasil, dono da marca Atacadão, concluiu a compra do BIG em meados de 2022 por R$ 7,5 bilhões, mas, no mês passado, anunciou a redução no valor da aquisição em até R$ 1 bilhão devido a questões contratuais. A integração das empresas envolve a conversão de mais de 120 lojas, com expectativa atual de serem finalizadas no meio deste ano. A projeção inicial era que esse processo terminaria apenas no início de 2024.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,04 bilhão de reais entre janeiro e o final de março, queda de 16,8% na base anual. Analistas esperavam Ebitda de R$ 1,25 bilhão. Sem incluir o BIG, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,25 , alta de 0,6% ano a ano.
A margem Ebitda ajustada ficou em 4,3% no trimestre, contra 6,6% no mesmo período de 2022. Sem contabilizar os efeitos da integração do BIG, o indicador fechou o trimestre em 6,2%, em comparação a 6,6% um ano antes.
As vendas consolidadas do grupo, que já haviam sido divulgadas no final de abril em caráter preliminar, somaram R$ 27,1 bilhões no primeiro trimestre, um aumento de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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