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CCR recupera tráfego no 4º trimestre, mas devolução da MSVia leva a prejuízo

Receita líquida de R$ 2,56 bilhões foi 3,3% menor na comparação anual.

CCR

A operadora de concessões de infraestrutura, CCR (CCRO3), anunciou que o tráfego consolidado de suas estradas entre outubro e dezembro foi 4,6% maior do que um ano antes, ajudada em parte pelo maior transporte ligado ao agronegócio.

Ainda assim, os efeitos prolongados das restrições, com efeitos maiores sobretudo nas concessões da companhia em aeroportos e mobilidade urbana, fizeram sua receita líquida de R$ 2,56 bilhões ser 3,3% menor ano a ano.

Segundo o gestor de relações com investidores da CCR, Marcus Vinícius Vieira, a recuperação nos diferentes modais vinha se estendendo nesses primeiros meses de 2021 e a companhia agora aguarda seu relatório semanal de tráfego desta semana, após governos regionais pelo país terem voltado a restringir mais a circulação devido a uma segunda onda da pandemia.

“De todo modo, entendo que agora o impacto não será tão grande quanto no início da pandemia no ano passado”, disse ele.

Segundo o executivo, o plano da CCR é investir cerca de R$ 2 bilhões neste ano, pouco mais do que os R$ 1,48 bilhão aplicados no ano passado.

No quarto trimestre, o resultado operacional da CCR medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado mesma base teve queda de cerca de 30%, com margem de 41,2% (queda de 15,6 pontos).

A queda é explicada em parte pela baixa contábil de R$ 305 milhões de reais feita pela CCR referente à devolução da concessão da MSVia, no Mato Grosso do Sul.

O mesmo efeito impactou a última linha do resultado, que foi de prejuízo de R$ 78,2 milhões, ante lucro de R$ 395,4 milhões um ano antes. Excluindo esse feito, a empresa teve lucro líquido de 176,1 milhões de reais.

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