A Chevron prosseguirá com sua aquisição de US$ 53 bilhões da Hess, depois de ter prevalecido em uma batalha jurídica histórica contra a rival Exxon Mobil para obter acesso à maior descoberta de petróleo em décadas.

A decisão valida a estratégia do presidente-executivo Mike Wirth e é uma vitória crucial para o grupo, uma vez que o ativo mais atraente da Hess é sua participação no Bloco Stabroek, na costa da Guiana, que detém mais de 11 bilhões de barris de petróleo, representando uma fonte de crescimento à medida que a Chevron trabalha para reverter seu desempenho defasado.

As ações da Chevron subiram 3,6% nas negociações pré-mercado desta sexta-feira (18), enquanto as da Hess saltaram 7,4%. As ações da Exxon tiveram uma pequena queda.

Não há processo de apelação na Câmara Internacional de Comércio, o tribunal que supervisionou o caso de arbitragem. A direção da Exxon informu em sua declaração que respeita a arbitragem e o processo de resolução de disputas.

A Exxon, que opera o Bloco Stabroek com uma participação de 45%, e a CNOOC da China, que detém 25%, entraram com ações de arbitragem contra sua parceira Hess no ano passado, argumentando que tinham um direito contratual de preferência para comprar a participação de 30% da Hess na joint venture. A Chevron e a Hess alegaram que o direito de preferência não se aplicava à venda de toda a empresa Hess.

Chevron x Exxon

As reivindicações da Exxon e da CNOOC deram início a uma batalha jurídica que atrasou a aquisição da Chevron em pelo menos um ano e chamou a atenção do setor petrolífero global, dos acionistas e dos advogados que elaboram acordos de operação conjunta que regem as parcerias petrolíferas em todo o mundo.

A briga ilustra o valor do Bloco Stabroek, que gerou lucros para o consórcio liderado pela Exxon, que controla toda a produção de petróleo, transformou a Guiana em uma das economias de crescimento mais rápido do mundo e ainda tem potencial para novas descobertas de petróleo.

Os ganhos da Hess com a Guiana aumentaram de US$ 1,9 bilhão em 2023 para US$ 3,1 bilhões em 2024.