A medida faz parte do plano de reestruturação apresentado pela estatal, que contém três grupos de medidas: corte de despesas operacionais e administrativas; busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa; e recuperação da liquidez da empresa.
De acordo com a nota divulgada pela estatal, a operação de crédito faz parte do terceiro bloco de medidas. O modelo proposto é de um consórcio de bancos, informou a empresa.
Desenho do aporte
O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, confirmou a informação em entrevista coletiva concedida em Brasília nesta quarta. Além do empréstimo de R$ 20 bilhões, a estatal também implementará um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV).
“O primeiro ponto fundamental que estamos entabulando neste momento é um programa de demissão voluntário para reduzir a estrutura de gastos da empresa e começar o equacionamento entre receita e despesa”, afirmou.
Rondon detalhou que o programa não será linear, e sim focado em áreas com excesso de carga de trabalho. Com isso, a empresa acredita que não irá comprometer sua capacidade operacional.
Os Correios, que faziam parte do programa de desestatização do governo de Jair Bolsonaro, acumula perdas desde 2022, com prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025. A crise, segundo a companhia, foi agravada por questões como a “taxa das blusinhas”, que impactou compras internacionais e reduziu receitas.