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De R$ 10 milhões para cima: Gafisa centra foco em imóveis de ‘luxo absoluto’ para 2025

Construtora tem mudado sua estratégia para priorizar volume em vez de quantidade

Projeto da Gafisa na rua Oscar Freire, em São Paulo
Projeto da Gafisa na rua Oscar Freire, em São Paulo (Divulgação)

A Gafisa pretende zerar seus estoques de produtos médios para concentrar seus esforços em uma carteira com ativos avaliados em mais de R$ 10 milhões, em média, no próximo ano, disseram executivos da companhia à Reuters, mergulhando de vez no mercado de imóveis de alto luxo.

Atualmente, as unidades da incorporadora, que é controlada pelo empresário Nelson Tanure, possuem “ticket médio” de cerca de R$ 7 milhões, uma vez que a empresa ainda mantém em seu portfólio imóveis voltados para a classe média alta.

Com a venda desses empreendimentos de menor valor, a Gafisa pretende se tornar uma empresa puramente voltada para o segmento de alto luxo, ou “luxo absoluto”, disseram os executivos em evento no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (13).

“Nossa expectativa é zerar os estoques de produtos médios para concentrar esforços no alto luxo”, afirmou o vice-presidente de negócios da Gafisa, Luis Fernando Ortiz. “Seremos em 2025 uma empresa puramente de unidades valiosas.”

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A Gafisa possui cerca de 300 unidades em estoque e, de acordo com sua presidente, Sheyla Resende, o foco principal para 2025 estará no eixo Rio-São Paulo, onde enxerga grande potencial de compradores para seus ativos de alto valor. “A ideia é estar 100% no mercado de luxo”, afirmou Resende.

A construtora lançou este ano um empreendimento de alto padrão na rua Oscar Freire, uma das ruas mais caras do Brasil, com imóveis a partir de R$ 30 milhões cada. A entrega do edifício está prevista para 2028, e, segundo os executivos, quase todas as unidades já foram reservadas.

Ortiz explicou que a Gafisa tem mudado sua estratégia para priorizar volume em vez de quantidade. “Agora, a prioridade é lançar poucas unidades e com volume concentrado”, afirmou.

A Gafisa fechou o terceiro trimestre deste ano com prejuízo líquido ajustado de R$ 23,2 milhões, menor ante a perda de cerca de 65 milhões de reais apurada no mesmo período de 2023.

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