Como parte do acordo de licenciamento de três anos, o Sora poderá gerar vídeos curtos, criados a partir de comandos dos usuários, que poderão ser visualizados e compartilhados por fãs.
O conteúdo poderá utilizar uma biblioteca com mais de 200 personagens animados e criaturas da Disney, Marvel, Pixar e Star Wars, segundo comunicado da Disney divulgado nesta quinta-feira (11). O acordo não inclui semelhanças ou vozes de atores.
Ao mesmo tempo, a Disney se tornará uma grande cliente da OpenAI, usando suas ferramentas para desenvolver novos produtos e experiências, além de adotar o ChatGPT para seus funcionários.
“O rápido avanço da inteligência artificial marca um momento importante para nossa indústria, e por meio desta colaboração com a OpenAI ampliaremos, de forma cuidadosa e responsável, o alcance de nossas histórias por meio de IA generativa, respeitando e protegendo criadores e suas obras”, disse o CEO da Disney, Bob Iger, no comunicado.
Os estúdios de Hollywood têm sido relutantes em fazer negócios com empresas de IA, receosos sobre como seus dados poderão ser usados e sobre possíveis atritos com sindicatos com os quais trabalham diariamente. Mas a OpenAI tem conversado com os maiores estúdios da indústria, incluindo Disney, a Universal Pictures, da Comcast Corp., e a Warner Bros. Discovery, sobre o potencial criativo e comercial do Sora, conforme já havia informado a Bloomberg News.
A desenvolvedora de IA lançou uma nova versão do Sora em setembro como um aplicativo social independente, disponível por convite. Assim como a versão original, lançada em dezembro passado, os usuários podem gerar clipes curtos a partir de comandos de texto. A nova versão, porém, permite visualizar vídeos criados por outros usuários. Além disso, é possível criar um avatar e uma voz realistas baseados na própria pessoa, que podem ser inseridos em vídeos feitos pelo usuário ou por amigos, com a permissão do dono do avatar.