A Embraer divulgou nesta quinta-feira (27) os resultados financeiros para o ano de 2024. A empresa registrou receitas de US$ 6,4 bilhões, marcando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Trata-se de um recorde para a companhia.

O lucro anual ficou em R$ 461,6 milhões. E a margem aumentou de 6,6% em 2023 para 11,1% em 2024. A empresa superou a estimativa corporativa, que previa, no máximo, 10%. Aí colabora especialmente a unidade de negócios Serviços & Suporte. Ela é a mais lucrativa da empresa, com margem de 17,5%.

O fluxo de caixa livre, que representa o quanto realmente entrou “nos cofres” da companhia de São José dos Campos, foi de US$ 675,6 milhões no ano.

Outro destaque do balanço foi a divisão de Defesa & Segurança. Ela cresceu 39% em faturamento na comparação com 2023. As vendas do cargueiro militar C-390 ajudaram: foram entregues três dessas aeronaves em 2024, contra duas no ano passado. A margem de lucro da unidade subiu de 3% para 18%.

Para 2025, a empresa espera entregar entre 77 e 85 aeronaves na Aviação Comercial – contra as 73 de 024. Para a aviação executiva, que entregou 130 jatos no ano passado, a previsão é saltar para algo entre 145 e 155. Além disso, a empresa projeta um novo recorde em receita, variando entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões.

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, mencionou que a empresa poderia ter estabelecido metas mais altas para o ano que vem se não fosse um problema crônico: os gargalos na cadeia de suprimentos.

“A cadeia como um todo vem melhorando, mas ainda tem alguns gargalos importantes que limitaram produção ano passado e limitam neste também. A gente até entende um pouco algumas dificuldades, porque está aumentando o volume a cada ano para eles também”, afirmou o executivo.

A demanda elevada pelos jatos da Embraer tem mantido as ações da empresa próximas de máximas históricas. As ações mais que dobraram de valor em 2024.

Recentemente, a empresa recebeu um pedido firme de 15 aeronaves E190-E2, seu maior jato, da japonesa ANA. Além disso, assinou um contrato recorde de US$7 bilhões com a Flexjet para até 212 jatos executivos, ampliando sua carteira de pedidos.

O mercado recebeu bem o balanço. Perto das 12h, as ações da Embraer subiam 2,9%. Nos últimos 12 meses a alta é de 164%, a maior do Ibovespa.

*Com informações da Reuters.