A empresa de energia Eneva (ENEV3) e a operadora de petróleo e gás PetroReconcavo (RECV3) informaram, em comunicado divulgado na tarde desta terça-feira (22), que realizaram em conjunto uma oferta vinculante de compra do polo Bahia-Terra que pertence à Petrobras (PETR3 PETR4). O polo reúne infraestrutura disposta de dutos, unidade produtora de gás e tanques ligados à um terminal portuário e à refinaria Landulfo Alves, a primeira a ser privatizada pela estatal.
Com a notícia, por volta das 16h, as ações da PetroReconcavo subiam 7,90%, para R$ 23,89, enquanto os papéis da Eneva – que também reportou balanço trimestral – operavam em alta de 6,20%, a R$ 14,20.
Em nota, as empresas compradoras afirmaram que a realização da potencial aquisição, assim como seus termos e condições, montante envolvido e a estrutura final da operação do ativo estão sujeitos à “aceitação da oferta pela Petrobras, à negociação e celebração do contrato de compra e venda e outros instrumentos relacionados à aquisição, além das aprovações legais e regulatórias competentes”.
As empresas reiteraram que a operação precisa receber o aval do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em comentário, a Ativa Investimentos escreveu que a aquisição do complexo permitiria à Eneva adicionar por volta de 7 milhões de metros cúbicos a sua reserva. “Ademais, a utilização dos acessos a infraestrutura de processamento, armazenamento, logística, transporte e escoamento de gás natural poderia fazer com que a companhia viesse a ter condições de replicar seu modelo R2W (reservoirto-wire em inglês, que consiste na geração térmica integrada aos campos produtores de gás natural) em uma nova região do país, o que faz com que as ações absorvam a notícia de forma positiva”, escreveu a casa de investimentos.
