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Negócios

Equinor cancela planos de eólica offshore no Vietnã e fecha escritório em Hanói

A empresa havia saído de atividades de petróleo e gás para se concentrar em energias renováveis

HANÓI/OSLO (Reuters) – A gigante norueguesa de energia Equinor cancelou seus planos de investir no setor eólico offshore do Vietnã, informou um porta-voz da empresa à Reuters, em um revés para as ambições de energia verde do país do sudeste asiático.

O Vietnã atraiu interesse internacional para seus planos de energia renovável por causa dos fortes ventos em águas rasas perto de áreas costeiras e densamente povoadas, de acordo com o Banco Mundial, mas atrasos nas reformas regulatórias recentemente levaram alguns possíveis investidores a reconsiderar seus planos.

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“Decidimos descontinuar o desenvolvimento de nossos negócios no Vietnã e fechar nosso escritório em Hanói”, disse Magnus Frantzen Eidsvold, porta-voz da Equinor, em uma entrevista.

É a primeira vez que a Equinor fecha um escritório internacional voltado para o desenvolvimento eólico offshore.

A empresa já havia saído de mais de uma dúzia de países onde tinha atividades de petróleo e gás nos últimos anos para se concentrar em energias renováveis e sistemas de baixo carbono.

A saída da Equinor representa mais um golpe para o Vietnã, depois que a empresa dinamarquesa de eólica offshore Orsted, outro grande player do setor, disse no ano passado que suspenderia seus planos de investir em grandes parques eólicos offshore no país.

Vista de um parque eólico offshore 5/09/2018 REUTERS/Phil Noble

O Vietnã não tem atualmente projetos de energia eólica offshore, mas quer instalar parques eólicos de 6 gigawatts (GW) até 2030, o equivalente a 4% de sua capacidade planejada, como parte dos planos para reduzir o carvão e atingir emissões líquidas zero de carbono até a metade do século.

Esses planos, no entanto, foram adiados várias vezes, já que a recente turbulência política no país paralisou reformas e projetos.

O setor também é considerado sensível pelas autoridades vietnamitas porque os projetos seriam desenvolvidos no contestado Mar do Sul da China, uma via crucial para a navegação que Pequim reivindica quase que em sua totalidade.

O Ministério da Indústria do Vietnã não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Equinor decidiu sair do Vietnã após uma análise regular de seu portfólio de ativos renováveis, disse Eidsvold.

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“O setor eólico offshore tem enfrentado ventos contrários significativos ultimamente e precisamos ser disciplinados em nossa abordagem”, acrescentou.

A Equinor abriu um escritório de representação em maio de 2022 em Hanói, capital do Vietnã, descrevendo a nação de 100 milhões de habitantes como tendo um “alto potencial para se tornar um mercado de crescimento interessante para a energia eólica offshore”, de acordo com o site da Equinor.

(Reportagem de Francesco Guarascio em Hanói e Nerijus Adomaitis em Oslo; reportagem adicional de Khanh Vu em Hanói)

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