O leilão de petróleo da União realizado pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) arrecadou R$ 17 bilhões nesta quarta-feira (31), superando em R$ 2 bilhões as expectativas iniciais, com lances vencedores da Petrobras e das chinesas CNOOC e PetroChina.
O certame, considerado o mais competitivo já realizado, comercializou 37,5 milhões de barris de petróleo da União do pré-sal, referentes à produção estimada para 2025, nos campos de Búzios e Mero, segundo e terceiro maiores produtores de petróleo do Brasil, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.
A Petrobras, que disputou todos os lotes, venceu dois, sendo 12 milhões de barris de Mero e 2,5 milhões de barris de Búzios. Já a CNOOC levou outros 12 milhões de Mero e a PetroChina 11 milhões também de Mero.
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A Petrobras é operadora desses campos do pré-sal, mas atua em parceria com as companhias chinesas CNOOC e CNODC, em Búzios, além de Shell, TotalEnergies e CNOOC e CNPC em Mero.
“Hoje nós tivemos o leilão com a maior competição da história e o maior valor já dado pelo óleo da União nos contratos de partilha”, afirmou a presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, após o certame.
No leilão, o quarto a ser realizado pela estatal, as cargas foram vendidas com um desconto ante o Brent datado, uma referência futura internacional publicada diariamente na Platts.
O desconto ocorre uma vez que os ganhadores ficam com a responsabilidade de buscar o petróleo no FPSO e arcar com todos os custos logísticos para levar a carga até o mercado final.
Loureiro destacou que as cargas foram vendidas por Brent datado entre menos US$ 1,35 por barril e menos US$ 1,85 por barril, enquanto os contratos vigentes entre 2022 e 2024 eram de Brent menos US$ 5,98 para Mero e Brent menos US$ 7,12 para Búzios.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o resultado, apontando que os recursos arrecadados “vão ajudar no equilíbrio fiscal, vão ajudar a financiar a saúde, vão ajudar a financiar a educação”.
O leilão teve ainda um recorde de 10 empresas habilitadas. Até então, o maior número de empresas habilitadas havia sido registrado no terceiro leilão de petróleo da União, realizado em novembro de 2021, quando seis empresas enviaram a documentação e três apresentaram lances.
Resultados
No primeiro lote, a Petrobras levou 12 milhões de barris de petróleo que serão produzidos pela plataforma do tipo FPSO Guanabara, no campo de Mero. A oferta foi de Brent datado menos 1,85 dólar por barril, versus valor mínimo de menos US$ 4,40 o barril.
O Brent datado é uma referência futura internacional publicada diariamente na Platts.
A petroleira estatal levou ainda o quarto lote, de 2,5 milhões de barris de petróleo, a serem produzidos por cinco FPSOs no campo de Búzios, após uma disputa em viva voz com a brasileira PRIO e a chinesa CNOOC.
No quarto lote, a Petrobras venceu com uma oferta de Brent datado menos 1,85 dólar por barril, versus valor mínimo de menos US$ 4,25 o barril.
A Petrobras também chegou a disputar em viva voz os dois demais lotes, antes de perder para as duas chinesas.
A CNOOC venceu o segundo lote, também de 12 milhões de barris de petróleo, da plataforma FPSO Sepetiba, no campo de Mero, por Brent datado menos 1,59 dólar por barril, versus valor mínimo de menos US$ 4,40 o barril.
Já a PetroChina venceu o terceiro lote, de 11 milhões de barris de petróleo, a serem produzido nas plataformas FPSO Duque de Caxias e Pioneiro de Libra, por Brent datado menos 1,35 dólar por barril, versus valor mínimo de menos US$ 4,40 o barril.
A PPSA é responsável por comercializar o petróleo da União produzido a partir dos contratos de partilha de produção em campos do pré-sal.
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