A nova mineradora será controlada em partes iguais: 50% por Scheffer e Machado, executivo com forte atuação no setor do agronegócio, já passou pelo Grupo Scheffer e por multinacionais como FMC, Syngenta e UPL. Os outros 50% serão de Souza, que é dono dos direitos minerários e responsável por iniciar o projeto. O negócio ainda depende de aval do Cade.
No primeiro trimestre de 2025, o setor mineral brasileiro viu o faturamento com ouro dobrar, saltando de R$ 4,6 bilhões para R$ 9,3 bilhões, o que representa um crescimento de 101%. Mato Grosso, hoje o terceiro maior produtor nacional do metal, teve uma expansão ainda mais marcante: um aumento de 60% no faturamento com ouro nesse mesmo período.
Embora o Grupo Bom Futuro não participe formalmente da operação, a presença de Scheffer — um dos principais nomes da família Maggi Scheffer, com mais de três décadas no agro — sinaliza um movimento de diversificação de capital em direção ao setor mineral.
Fora dos negócios, o empresário também cultiva outra paixão: é piloto amador de autocross, modalidade de rali disputada em pistas de terra. Atualmente, ele é presidente da Federação de Automobilismo do Estado de Mato Grosso (Faemt).
O Bom Futuro, comandado por ele e seus irmãos Eraí e Elusmar — primos do ex-ministro Blairo Maggi —, é um dos maiores grupos agrícolas do país, com mais de 650 mil hectares cultivados e presença em segmentos como energia, pecuária, sementes e logística.