A Ford (FDMO34) disse na terça-feira (9) que testará uma pequena frota de protótipos de versões de célula de combustível de hidrogênio de seu modelo elétrico E-Transit para ver se o formato é uma opção viável de emissão zero para clientes que transportam mercadorias pesadas por longas distâncias.
A montadora liderará um consórcio no projeto de três anos que inclui a BP, que se concentrará em hidrogênio e infraestrutura, e o grupo britânico de supermercados e tecnologia Ocado.
“A Ford acredita que a principal aplicação de células de combustível pode ser em seus maiores e mais pesados veículos comerciais para garantir que eles não tenham emissões, ao mesmo tempo que satisfazem as altas exigências diárias de energia que nossos clientes exigem”, disse o presidente da Ford no Reino Unido, Tim Slatter, em um comunicado.
O projeto é parcialmente financiado pelo Advanced Propulsion Center, um empreendimento do governo do Reino Unido e da indústria automobilística.
Enquanto a maioria dos carros com motor de combustão e vans e caminhões de curta distância do mundo devem ser substituídos por veículos elétricos a bateria nas próximas duas décadas, os entusiastas da célula de combustível de hidrogênio e alguns operadores de frota de longa distância dizem que as baterias são muito pesadas, levam muito tempo para carregar e podem sobrecarregar as redes elétricas.
Os veículos com células de combustível de hidrogênio, em que o hidrogênio se mistura com oxigênio para produzir água e energia para alimentar uma bateria, podem reabastecer em minutos e têm um alcance muito maior do que aqueles com baterias elétricas.
Mas há grandes desafios a serem superados para a adoção em massa de células de combustível de hidrogênio, incluindo a falta de postos de abastecimento e hidrogênio verde feito com energia renovável para alimentá-los.
Veja também
- Petrobras tenta reviver sua “vaca leiteira”, o campo que fez do Brasil um gigante do petróleo
- Empresas desaceleram investimento em hidrogênio verde e ameaçam ‘hype’ da tecnologia
- Argentina corre para evitar apagões em meio ao aumento do consumo de energia
- Âmbar nega proposta da Aneel para assumir Amazonas Energia
- China já investiu US$ 100 bilhões em projetos de energia limpa no mundo