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Negócios

Gerdau conclui reorganização operacional e espera economia de R$ 400 milhões no segundo semestre

Para 2025, a meta é iniciar o ano com uma base de custos R$ 1,5 bilhão menor que a de 2023

A Gerdau concluiu no segundo trimestre as principais medidas de readequação de capacidade de produção de aço no Brasil, em ações que incluíram paralisações de usinas e que a companhia projeta que devem produzir uma economia de custos de R$ 400 milhões no segundo semestre.

“Os principais fechamentos de capacidade já foram concluídos e observamos neste trimestre (2º), e vamos ver início de captura da redução de custos e aumento da competitividade”, disse o presidente-executivo da Gerdau, Gustaco Werneck, nesta quina-feira (1). “Mas vamos observar efeitos ao longo dos próximos trimestres”, acrescentou.

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Para 2025, a Gerdau projeta iniciar o ano com uma base de custos R$ 1,5 bilhão menor que a de 2023.

A companhia terminou o semestre com uma utilização de capacidade no Brasil em torno de 60% a 70%, índice que deve subir nos próximos meses conforme a empresa captura os efeitos das medidas de ganho de competitividade, disse o vice-presidente financeiro, Rafael Japur.

Hibernações

Entre as suspensões de capacidade produtiva, chamadas de hibernações pela empresa, está a usina de Barão de Cocais (MG), paralisada no início de junho, em decisão tomada em parte pela pressão de importações de aço pelo Brasil ocorrida em altos volumes em meses anteriores. A Gerdau havia anunciado investimento de R$ 100 milhões na usina em 2022 para reforma e revitalização.

Segundo Werneck, “não há mínima possibilidade de qualquer desinvestimento no Brasil. Não vamos vender ativos, está completamente descartado. As plantas hoje em operação são todas muito relevantes.”

O executivo comentou que a companhia está “muito satisfeita” com as medidas de proteção comercial que passaram a valer em junho no país contra importações de aço, mas que é preciso mais tempo para avaliar os efeitos.

Mas, como não houve medida mais significativa em aços longos, o investimento previsto de R$ 1,75 bilhão em um laminação de perfis, que adicionará 500 mil toneladas à capacidade da empresa no Brasil e é parte de plano da empresa até 2026, “tem preocupado” a Gerdau, disse Japur.

“Porque muitos dos produtos longos não foram abrangidos pelas medidas de defesa comercial… A princípio seguimos com o compromisso de investimento”, disse o executivo.

Já a viabilidade de investimento da Gerdau no México, onde a empresa tem estudado a construção de uma usina de aços especiais para aproveitar a pujança da indústria automotiva norte-americana, deve ser decidida até o final do ano, disse Werneck. A Gerdau anunciou em maio que estava avaliando investimento em uma usina com capacidade para 600 mil toneladas por ano.

A companhia divulgou na noite da véspera queda de 56% no lucro líquido ajustado do segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, além de novo programa de recompra de ações e distribuição de R$ 252 milhões em dividendos.

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