O governo de Minas Gerais tem planos de abrir mão do controle da Cemig (CMIG4) por meio de uma operação de venda de ações que tornaria a elétrica uma “corporation”, com controle pulverizado, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
Segundo a notícia, a proposta do governador Romeu Zema (Novo) seria manter o Estado como um acionista relevante da Cemig. Ainda não estaria definido se haveria a criação de uma “golden share”, ação de classe especial que confere ao Estado poder de veto em determinados assuntos.
“O Estado não venderia, a empresa receberia novos investimentos e só de o Estado não ter a voz final eu fico satisfeito, porque a empresa fica blindada contra a má gestão. O Estado continua recebendo dividendos e vai ter uma valorização”, disse Zema ao Valor.
Em 2023, ele pretende colocar em curso uma agenda de privatizações, que inclui duas outras estatais, Copasa e Codemig, segundo a publicação.
Procurado, o governo de Minas Gerais não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.
Zema tem planos de privatizar a Cemig desde que foi eleito governador em 2018, mas o projeto não ganhou tração durante seu primeiro mandato, principalmente por forte resistência de parlamentares locais.
Reeleito em outubro deste ano, ele pretende retomar o plano nos moldes do que foi feito na Eletrobras e que está sendo replicado também pelo Paraná na Copel.
A Cemig é uma das poucas elétricas ainda estatais. Nos últimos anos, a companhia realizou um reposicionamento de sua estratégia, buscando reduzir sua participação em negócios considerados não estratégicos e alocando mais recursos para investimentos em Minas Gerais.
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