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GPA espera ver melhora de margem a partir do 1º tri após queda no 4º

No dia, ações da empresa recuavam na bolsa paulista, liderando as perdas do Ibovespa.

O GPA (PCAR3) teve queda de margem bruta nos últimos três meses do ano passado, mas espera começar a ver uma recuperação a partir do primeiro trimestre deste ano, confiando em uma combinação de esforços que inclui redução de estoques após a mudança do foco da companhia para supermercados “premium” e lojas de proximidade.

A companhia viu a margem bruta cair 2,5 pontos percentuais no principal período do varejo, para 24,3% em termos ajustados, enquanto considerando apenas as operações no Brasil a queda foi de 4,5 pontos, para 22,3%, segundo resultados divulgados na noite da véspera. Já o rival Carrefour Brasil (CRFB3) teve um crescimento de 3,4 pontos na margem bruta do período em suas operações de varejo, para 26,6%.

As ações do GPA recuavam 9,5% nesta terça-feira na bolsa paulista, liderando as perdas do Ibovespa às 12:27.

“O que se pode esperar para 2023 é uma retomada gradual de melhoria (na margem bruta) com relação ao quarto trimestre”, disse o presidente-executivo do GPA, Marcelo Pimentel, em conferência com analistas.

“Temos expectativa de já vir melhoria no primeiro trimestre comparado com a margem bruta do quarto trimestre”, complementou.

Segundo ele, o GPA está renegociando contratos com fornecedores, ajustando categorias de produtos com ênfase em perecíveis, que trazem margens melhores, e também está ajustando malha logística para reduzir custos e focando em redução de dias de estoque, de olho em uma melhora no fluxo de caixa. Em 2022, o GPA consumiu R$ 216 milhões de caixa em atividades operacionais ante uma geração de 2,73 bilhões em 2021.

A alavancagem, que o diretor financeiro, Guillaume Gras, afirmou que segue com meta de redução até o final deste ano, terminou 2022 em 2,3 vezes ante 0,6 vez dívida líquida sobre Ebitda ajustado em 2021.

Para a redução da alavancagem, Gras citou entre as iniciativas da empresa a redução de 3 a 5 dias no nível de estoques e monetização de créditos fiscais que somam atualmente R$ 3,9 bilhões. Além disso, há “iniciativas para vender ativos não essenciais, principalmente imobiliário e negócios não estratégicos, como postos (de combustível)”.

Gras, porém, afirmou durante a conferência com analistas que a alavancagem do primeiro trimestre ainda deve apresentar alta, diante do efeito sazonal de pagamento de fornecedores relacionados às mercadorias do quarto trimestre.

Questionado se o GPA está avaliando algum novo modelo de loja após anos de implantação do chamado modelo “G7” em seus estabelecimentos, Pimentel disse que não quer tirar o foco da empresa em fazer os ajustes necessários no modelo atual e melhorar seus resultados.

O executivo afirmou que o GPA tem meta de implantar o G7 em 100% de suas lojas até o final deste ano, após alcançar nível de 60% no quarto trimestre. Segundo ele, o desenvolvimento de um novo modelo “não é necessário por agora”.

Para o período da Páscoa, importante para o varejo de alimentos nacional, Pimentel disse que a companhia conseguiu um “volume a mais” de produtos junto a fornecedores e que pela primeira vez o GPA vai “testar” dar ênfase em produtos da época em lojas de proximidade. “Não fizemos antes por questões de espaço físico, mas acreditamos que termos oportunidades este ano”, comentou.

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