O conglomerado português do setor de construção Mota-Engil cogita um grande investimento na Bahia Mineração, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

As negociações são preliminares e elementos-chave incluindo estrutura, formato, cronograma e se o investimento seria viável ainda precisam ser definidos, disseram as pessoas que preferiram não se identificar por discutirem assuntos internos. A iniciativa pode exigir um investimento de mais de US$ 5 bilhões, afirmaram.

A Bahia Mineração (Bamin) pertence ao Eurasian Resources Group, um dos maiores produtores mundiais de cobalto e cromo. A empresa, apoiada pelo Cazaquistão, busca um investidor para o projeto de bilhões de dólares que inclui uma mina de minério de ferro, um futuro porto de águas profundas e uma linha ferroviária. Os ativos estratégicos da Bamin têm chamado a atenção de diversos investidores, enquanto o Brasil busca fortalecer sua posição como fonte global de minerais.

Uma decisão provavelmente será tomada no próximo ano, disseram as fontes. Um representante da Mota Engil não quis comentar. Representantes da Bamin também não se manifestaram.

O BNamericas informou primeiro que a Mota-Engil e a Bamin estavam em negociações.

O projeto, localizado na Bahia, ainda precisa de um investimento de aproximadamente US$ 5,7 bilhões para expandir as operações de mineração, construir o porto e concluir um trecho de 537 quilômetros da ferrovia que ligará os dois, havia afirmado o CEO da Bamin, Eduardo Ledsham, em outubro.

A Mota-Engil vem expandindo sua presença no Brasil, mais recentemente por meio de sua participação na construção de um enorme túnel submerso, um dos maiores projetos de mobilidade urbana e infraestrutura do país, próximo a São Paulo.