A rede de varejo Havan fez um pedido de registro à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fazer sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa brasileira, a B3.
Segundo o prospecto preliminar, metade da oferta será primária (quando os recursos vão para o caixa da companhia) e o restante, secundária (quando o acionista vendedor embolsa os recursos).
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O documento traz uma carta escrita pelo dono da Havan, o empresário Luciano Hang, direcionada a investidores. Nela, ele descreve sua trajetória e afirma que é o “começo de uma nova fase” e que a companhia está pronta para abrir capital.
“Eu sou o Luciano Hang, um homem de origem simples, com um começo de história comum a muitos brasileiros. Disléxico, tive muitas dificuldades e só consegui ler aos 12 anos”, diz o início da carta. O empresário catarinense descreve a si mesmo como “apenas maestro desta grande orquestra”, referindo-se à rede de lojas que fundou.
Hang chamou a atenção por sua proximidade com o presidente Jair Bolsonaro e por tê-lo apoiado abertamente durante a campanha presidencial.
Segundo informações do jornal “Valor Econômico”, a rede varejista pretende movimentar R$ 10 bilhões com seu IPO e tem a meta de estrear na bolsa com um valor de mercado de R$ 100 bilhões.
O coordenador líder da operação será o Itaú BBA, com a participação também da XP Investimentos, BTG Pactual, Morgan Stanley, Bank of America, Bradesco BBI, Safra e Santander.
Fundada em 1986, a Havan é uma rede varejista conhecida pelas réplicas da Estátua da Liberdade em frente a suas lojas. Com cerca de 18 mil colaboradores, a empresa possui hoje 149 lojas e pretende alcançar 200 unidades até 2022.