A varejista sueca H&M abriu sua primeira loja física no Brasil neste sábado (23) e lançou operações online no país, onde já está produzindo alguns itens localmente, incluindo calçados e moda praia.

O objetivo de curto prazo da empresa é inaugurar um total de quatro lojas no Estado de São Paulo nos próximos meses, disse Joaquim Pereira, executivo responsável pelas operações da H&M Brasil, em entrevista na sexta-feira.

“Esse romance com o Brasil já existe há muito tempo,”, disse o executivo, observando que os planos da H&M de se estabelecer no país evoluíram ao longo de vários anos.

A primeira loja brasileira fica no Shopping Iguatemi, em São Paulo, com foco exclusivo na moda feminina, enquanto a segunda, que abrirá em breve no Shopping Anália Franco, também em São Paulo, terá uma oferta mais ampla, incluindo moda feminina, masculina e infantil.

“Queremos ter preços que sejam inclusivos”, disse Magnus Olsson, gerente regional da H&M para o Hemisfério Sul, acrescentando que a “ambição” da empresa é aumentar a produção local, desde que mantendo seus padrões globais. Olsson supervisiona as operações da H&M na América do Sul, incluindo também Uruguai, Chile e Peru e em breve no Paraguai, para onde a H&M pretende se expandir em 2026.

Além das lojas físicas, a rede varejista construiu um centro de distribuição de 25.000 metros quadrados no estado de Minas Gerais, que pode ser expandido para cerca de 40.000 metros quadrados, disseram os executivos.

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Por enquanto, a operação local da H&M está produzindo sapatos, roupas de praia e jeans no Brasil e importando os outros produtos de diferentes mercados, incluindo Índia, Bangladesh e Portugal.

A H&M tem planos para uma expansão física nacional, mas os diretores não especificaram o cronograma ou possível localização das próximas unidades. A varejista também não divulgou seu investimento no Brasil.

Os executivos disseram que a H&M implementou um cronograma de trabalho de cinco dias com dois dias de descanso para seus funcionários, observando que seu objetivo é competir localmente, não apenas enfrentando empresas chinesas como a Shein, que frequentemente oferece produtos a preços abaixo da média.

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“No Brasil, há muitas marcas nacionais muito boas, muito boas mesmo. A nível de preço, a nível de qualidade. Eu acho que é um mercado muito, muito competitivo, independentemente, seja empresa chinesa, seja empresa local,” disse Pereira.