A operação combina duas modalidades de oferta: a migração da Neoenergia do registro de companhia aberta categoria “A” para “B” na CVM e a saída do Novo Mercado, o segmento de mais alta governança da B3. Como consequência, a empresa sairá da Bolsa. Ambos os movimentos seguem as regras previstas na Lei das S.A., na regulamentação da CVM e no regulamento do Novo Mercado.
Segundo a Iberdrola, o objetivo é simplificar a estrutura corporativa da Neoenergia e dar mais flexibilidade financeira e operacional à empresa, além de reduzir custos associados ao registro de companhia aberta categoria “A” e à listagem no Novo Mercado.
O preço proposto na OPA é de R$ 32,50 por ação, valor que será atualizado pela variação da Selic a partir de 31 de outubro de 2025 — data em que a Iberdrola fechou a compra de 367,6 milhões de ações da Previ, equivalentes a 30,29% do capital da Neoenergia. O valor final poderá sofrer ajustes por dividendos declarados até a liquidação da oferta.
A apresentação de laudo de avaliação foi dispensada pela CVM, já que o preço da oferta toma como referência o valor pago na aquisição da fatia da Previ, considerado “justo” conforme as regras aplicáveis.
Com o anúncio, abre-se o prazo de 15 dias para que acionistas detentores de ao menos 10% das ações em circulação possam solicitar a elaboração de laudo, conforme previsto na Lei das S.A. e na Resolução CVM 215.
A Neoenergia afirmou que continuará mantendo o mercado informado sobre os próximos passos da operação. O comunicado reforça que o documento é apenas informativo e não constitui uma oferta de aquisição de valores mobiliários.