A startup de entrega de refeições iFood vai adotar um conjunto de medidas para auxiliar restaurantes em meio à crise por conta da pandemia do novo coronavírus. Válidas a partir do dia 2 de abril, as medidas foram reveladas pela startup com exclusividade ao jornal “O Estado de S. Paulo” e serão detalhadas no próximo dia 25.
Segundo Diego Barreto, diretor financeiro do iFood, o fundo de assistência será montado com R$ 50 milhões das receitas do aplicativo. Os restaurantes que estiverem elegíveis a serem auxiliados terão uma devolução de parte das comissões cobradas pela empresa nos pedidos feitos a partir de 2 de abril. “Restaurantes que tiverem só uma sede, o dono for pessoa física e estiverem em áreas de grande impacto do coronavírus estão nas nossas prioridades”, disse o executivo. “A contribuição aos restaurantes vai aparecer como uma devolução nas faturas dos pedidos.”
A empresa também vai reduzir o prazo para repassar valores aos restaurantes. Hoje, quando um pedido é feito em um estabelecimento, o valor da conta demora 30 dias para ser resgatado pelos estabelecimentos. A partir de 2 de abril, será possível optar por receber os pagamentos 7 dias depois da compra, sem custo adicional. “Queremos ajudar quem está com fragilidade financeira nesse momento”, afirma Barreto. Segundo estimativas feitas pela própria empresa, a medida pode ajudar na injeção de R$ 600 milhões em capital de giro no setor de restaurantes nos meses de abril e maio.
A terceira medida é a flexibilização do “Para Retirar”, função que permite ao usuário tanto pedir um prato e retirá-lo no restaurante, como também consumi-lo no salão. “Nossa intenção é manter os salões dos estabelecimentos livres. Vamos fazer isso à medida que for possível, respeitando as orientações das autoridades”, afirma Barreto. Taxas sobre esse tipo de serviço, normalmente cobradas dos restaurantes, serão devolvidas.