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Influenciadores amam o Ozempic, mas não falam sobre os riscos

TikTok, YouTube e Instagram estão substituindo os médicos no papel de autoridades em medicamentos para emagrecer

Karen Evans postou um vídeo no YouTube que dava dicas de uso do Ozempic, inclusive algumas para controlar os enjoos. Desde que o vídeo foi ao ar, em maio de 2022, teve 454 mil visualizações e mais de 1,7 mil comentários. Evans não postou um novo vídeo revelando que os vômitos se agravaram tanto que teve de parar de usar o remédio.

Só no TikTok, postagens mencionando a hashtag #Ozempic atraíram mais de um bilhão de visualizações até o final do ano passado. Houve mais de 2,2 milhões de postagens públicas sobre as drogas em 2023 no YouTube, no X e em outras plataformas de mídia social, de acordo com uma análise da consultoria ZS. 

As menções geram mais receitas médicas. Segundo o JPMorgan Chase, já são mais de um milhão por semana nos EUA.

Influenciadores com menos de cem mil seguidores podem receber mais de US$ 10 mil com promoções de saúde, de bem-estar e de remédios, enquanto aqueles com mais de um milhão conseguem entre US$ 50 mil e US$ 125 mil.

Ao contrário das propagandas corporativas de medicamentos, as postagens nas redes sociais não precisam descrever os efeitos colaterais de um remédio, nem sugerir outros recursos ou aconselhar uma consulta médica.

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