A Lumina manteve conversas com potenciais compradores, disseram especialistas que pediram para não serem identificadas por estarem discutindo detalhes privados.
A venda depende de a Kora conseguir levantar capital, o que, por sua vez, aumentaria o apelo pelas debêntures, disse uma das pessoas.
A Kora é um dos maiores grupos privados de hospitais do Brasil e detém o principal hospital privado do estado do Espírito Santo, onde fica sediada. Além do Espírito Santo, a rede também está no Ceará, Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás. A empresa, controlada pela gestora de private equity HIG Capital, tem enfrentado pressões de fluxo de caixa e custos operacionais mais elevados.
A Kora e a HIG disseram que não vão comentar.
As empresas brasileiras de saúde, muitas das quais assumiram dívidas com taxas pós-fixadas para financiar uma onda de fusões durante a pandemia, vêm enfrentando dificuldades à medida que o Banco Central elevou sua taxa de juros para o maior nível em duas décadas.
Em novembro, a Bloomberg News informou que a Kora estava trabalhando em um plano de reestruturação que incluiria cerca de R$ 1,5 bilhão em novos recursos provenientes de credores, tornando a Lumina um credor relevante. Em dezembro, a empresa anunciou que concluiu um reperfilamento da dívida.
No mesmo mês, a HIG fez uma nova investida para fechar o capital da empresa, após tentativas anteriores sem sucesso em convencer os acionistas minoritários. Em fevereiro, a companhia anunciou uma oferta pública (OPA) para a compra de todas as ações em circulação, que foi aprovada em assembleia de acionistas em maio.
A Kora não possui títulos de dívida denominados em dólar, captando apenas em moeda local, segundo dados compilados pela Bloomberg.
