O pedido se soma aos R$ 4 bilhões em uma linha de crédito de liquidez já fornecida pelo FGC.
O banco estaria com poucas alternativas porque os investidores não querem mais comprar seus títulos, elevando o custo do financiamento, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas.
A venda previamente anunciada de parte dos ativos do Master para o Banco de Brasília ainda não foi concluída, em parte porque o Banco Central aplicou um rigoroso escrutínio à transação. Os reguladores estão examinando o valor real de alguns ativos contabilizados pelo Master e investigando possíveis irregularidades, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas ao discutir assuntos privados.
O Banco Master não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O mesmo vale para o FGC e o BRB.
Ativos podres do Master
O Banco Central está dividido sobre a aprovação ou não do acordo com o BRB, disseram algumas das pessoas.
A pergunta que muitos banqueiros estão se fazendo agora é quem ficará com os ativos podres do Master se o BRB ficar com os bons. As instituições financeiras que sustentam o FGC não querem que o fundo fique com todos os ativos de maior risco. O Master está tentando vender esses ativos para fundos, disse uma das fontes.
O Banco Central não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A transação com o BRB agora abrange cerca de R$ 25 bilhões em ativos, abaixo dos cerca de R$ 40 bilhões inicialmente planejados, disseram as fontes.
O valor que o BRB pagará ao Banco Master ainda deve ficar em torno de R$ 2 bilhões, acrescentou uma das fontes.
O FGC, cujos ativos vêm de depósitos bancários, tinha cerca de R$ 152 bilhões em maio, de acordo com suas demonstrações financeiras.
O jornal O Estado de S.Paulo noticiou nesta quarta-feira (20) que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando algumas transações realizadas pelo Master por potenciais irregularidades.
Mesmo assim, vários obstáculos já foram superados. A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto de lei permitindo a transação, enquanto Cade também deu seu consentimento.