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Minério de ferro ainda é ‘sexy’, diz presidente da Vale

Eduardo Bartolomeo defendeu importância da commodity.

Em um cenário em que dados fracos da economia chinesa levantam dúvidas sobre a cotação do minério de ferro e, ao mesmo tempo, debates sobre “economia verde” ganham força,o presidente da Vale (VALE3), Eduardo Bartolomeo, defendeu nesta quinta-feira (25) que a commodity é “sexy”, pois não vai haver nada sem aço.

Durante participação no painel Economia verde: agro, mineração e baixo carbono na 2ª edição do Fórum Esfera, realizada no Guarujá (SP), Bartolomeu disse que o mineiro é necessário e indutor do desenvolvimento regional, além de ser insumo básico para o aço verde. 

Amostra de minério de ferro 02/12/2013 REUTERS/David Gray

Transição energética e regulação

Bartolomeo defendeu que, no caso do Brasil, o que existe não é transição energética, mas sim revolução energética. O Brasil está na marca do pênalti. Temos capacidade de ancorar o desenvolvimento do hidrogênio verde”, disse o executivo.

O presidente da Vale destacou ainda durante o evento que, para viabilização de projetos, precisa de regulação. “Hoje se tem uma expectativa de preços de carbono, mas ainda não se sabe qual é, são questões nebulosas. Precisa resolver essa questão dentro e fora do Brasil”, afirmou.

O executivo disse também que a questão do carbono é uma tradução do custo que incorre na sociedade. “A hora que a sociedade estiver disposta a pagar esse custo, aí a gente acelera tanto no gás natural como no hidrogênio verde”, destacou.

Outros desafios da transição

Também presente no evento, o ministro  de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que, embora o Brasil já tenha demonstrado resultados, tem grandes desafios de ordem prática e pragmática para conciliar desenvolvimento econômico, conflitos sociais com a questão ambiental.

“A transição para descarbonizar a indústria, agronegócio…é transição e não mudança. Não existe radicalismo, tem uma realidade que precisamos do petróleo para reindustrializar o Brasil, para impedir que empresas grandes tenham seus hubs lá fora deixando de gerar riqueza no Brasil”, disse.

“Nós precisamos ainda de petróleo e, para nos tornarmos novamente protagonistas de segurança energética, precisamos do petróleo para nos tornar autossuficientes no óleo diesel e gasolina. Não é razoável que o Brasil deixe de pesquisar seu solo e subsolo”, afirmou o ministro.

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