A Minerva (BEEF3), maior exportadora de carne bovina na América do Sul, registrou lucro líquido de R$ 114 milhões no primeiro trimestre, variação negativa de 0,5% na base anual, em período impactado por suspensão temporária de exportações de plantas brasileiras à China, conforme balanço divulgado nesta terça-feira.
O resultado operacional da companhia, medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda), foi de R$ 531,9 milhões, queda de 17,7% contra um ano antes. Analistas projetavam Ebitda de R$ 525 milhões de reais no trimestre, segundo dados de analistas compilados pela Refinitiv. A margem Ebitda caiu 0,6 ponto percentual, a 8,3%.
A receita líquida da companhia caiu 11,7% nos três primeiros meses deste ano, para R$ 6,38 bilhões, em meio à queda de 4,3% no abate total, para 836,3 mil cabeças.
“Apesar da crescente disponibilidade de animais prontos para o abate, especialmente no Brasil com a chegada do ciclo positivo, a diminuição do volume de abate é reflexo da suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China ao longo do trimestre”, disse a Minerva em relatório de resultados.
O Brasil teve exportações de carne bovina à China suspensas em fevereiro após um caso isolado de “mal da vaca louca” no Pará, sendo que os embarques foram novamente autorizados apenas cerca de um mês depois. Na ocasião, a Minerva afirmou que atenderia a demanda no país asiático por meio de unidades de abate no Uruguai e na Argentina.
Do lado das despesas, os custos das mercadorias vendidas pela Minerva no primeiro trimestre diminuíram 12,9%, para R$ 5,23 bilhões.
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