A companhia brasileira divulgou nesta quinta-feira (18) que celebrou um acordo vinculante com um veículo de aquisição afiliado ao grupo de private equity americano Regent. O compradores vão adquirir a subsidiária Natura &Co UK Holdings Limited, responsável pelos negócios da Avon International.
A transação não inclui o mercado russo da Avon nem as operações na América Latina.
A Natura vai recebe um valor simbólico de 1 libra esterlina (R$ 7,19) no fechamento da operação. Mas o acordo prevê o recebimento de “earn-outs”, ou seja, pagamentos feitos pela Regent baseados em resultados futuros, mas limitados a 60 milhões de libras (R$ 431,4 milhões).
A fabricante brasileira também aceitou fornecer uma linha de crédito à Avon International de até US$ 25 milhões. O fechamento da venda é esperado para o primeiro trimestre de 2026.
Como parte da transação, a maior parte dos recebíveis de empréstimos detidos pela Natura contra a Avon International serão capitalizados antes do fechamento do negócio, e o restante, transferido à compradora sem contraprestação.
No início de agosto, o CEO João Paulo Ferreira, chegou a afirmar que as vendas dos ativos internacionais da Avon poderia levar até 12 meses. A venda encerra um processo de volta às origens para o grupo brasileiro após uma aposta de expansão global na década passada.
A fabricante passou a adquirir grandes marcas internacionais, como a própria Avon, entre 2013 e 2020, mas o sonho global se revelou um sorvedouro de recursos, em meio às dificuldades de administrar uma operação que, no auge, alcançou mais de 100 mercados.
No processo, a holding vendeu a Aesop e a The Body Shop em 2023 e desde então passou a buscar compradores para a Avon. A conclusão ocorreu após uma mudança de estratégia, com o fatiamento das operações da marca, com ofertas separadas para as operações na América Central, na Rússia e no restante do mundo.
Apesar da venda dos ativos internacionais, a Natura vai continuar a ser dona da marca Avon na América Latina. Isso inclui manter os direitos econômicos e infraestrutura de propriedade intelectual.
Em relação às operações na Rússia, a Natura afirmou que “continua explorando alternativas estratégicas”
No início da semana, a Natura anunciou a venda da Avon Centro-América e Caribe (CARD) para o Grupo PDC. O acordo inclui as operações na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana. A Natura seguirá fornecendo produtos para a região e passará a atuar como licenciadora da marca, recebendo royalties.
O valor da transação foi simbólico — US$ 1,00 pela operação — mais US$ 22 milhões referentes a recebíveis que a Avon Guatemala devia à subsidiária da Natura no México, e que serão pagos no fechamento da transação, previsto para 30 de outubro.
Em 2019, quando a Natura anunciou a compra da Avon, analistas chegaram a avaliar a companhia global que nascia na época em US$ 11 bilhões. Cerca de seis anos mais tarde, as vendas da Avon International e da Avon Card poderão render financeiramente ao grupo pouco mais de US$ 100 milhões.
Disclaimer: Este texto foi escrito por um agente de inteligência artificial a partir de informações oficiais e de bases de dados confiáveis selecionadas pelo InvestNews. O trabalho foi revisado pela equipe de jornalistas do IN antes de sua publicação.