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Neoenergia e CCR fecham acordo de autoprodução de energia eólica

Segundo as empresas, 44 megawatts-médios (MWm) da produção de Oitis serão destinados ao consumo de energia das subsidiárias da CCR pelo prazo de 16 anos

Campo de turbinas eólicas em paisagem costeira com vegetação rasteira e céu parcialmente nublado.
Turbinas eólicas na Estrada São Pedro em Paracuru, Fortaleza (CE). Foto: Getty Images/Ze Martinusso

A Neoenergia informou nesta segunda-feira que assinou acordo com subsidiárias da CCR para autoprodução de energia eólica, o primeiro do tipo firmado pelo grupo de infraestrutura de mobilidade e que irá atender 60% da demanda atual de energia da companhia.

A parceria, assinada com as concessionárias da CCR que operam linhas do metrô e da CPTM de São Paulo, envolve a venda, pela Neoenergia, de participações minoritárias em parques eólicos do complexo Oitis, localizado no Piauí, pelo valor de 21,7 milhões de reais.

Segundo as empresas, 44 megawatts-médios (MWm) da produção de Oitis serão destinados ao consumo de energia das subsidiárias da CCR pelo prazo de 16 anos, com fornecimento iniciando em janeiro de 2025.

Projetos de autoprodução de energia vêm ganhando espaço entre grandes empresas que buscam descarbonizar suas operações no Brasil. Pelo modelo, o consumidor da energia compra participações ou investe em uma usina junto com a companhia elétrica, tornando-se um autoprodutor. Com isso, garante alguns incentivos que reduzem seus custos com o insumo, como descontos e isenção do pagamento de encargos setoriais.

A CCR afirmou que esse acordo integra o compromisso de ter 100% dos seus ativos abastecidos por fontes renováveis de energia até 2025, objetivo que foi alcançado já este ano com iniciativas como migração para o mercado livre de energia, compra de certificados de energia renovável (IRECs) e investimentos em geração solar distribuída.

Já para a Neoenergia, o negócio garante estabilidade de receita de longo prazo com “adequada rentabilidade”, e reforça a estratégia de investimentos em um parque gerador renovável, afirmou Hugo Nunes, diretor executivo de Negócios Liberalizados da companhia elétrica, em nota.

O fechamento da operação está sujeito à aprovação de órgãos competentes, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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