Nascido em uma família com 11 filhos, Juarez Filho é da cidade de Ubá, em Minas Gerais. Ainda criança, mudou com a família para o Paraná, onde começou a trabalhar na adolescência como empacotador nas Lojas Pernambucanas. Anos depois, conseguiu um emprego de office boy no banco Itaú (ITUB4).
Apesar do prazer que tinha em trabalhar na instituição financeira, ele decidiu ir atrás de novas oportunidades em um garimpo em Alta Floresta, no Mato Grosso, na década de 80. Após trabalhar um período como garimpeiro, passou a comprar e vender ouro e abriu uma empresa com os irmão, a Ourominas, que hoje é uma das maiores do país no comércio de ouro.
Em busca do Eldorado
Rogério, irmão de Juarez, estava sumido há um ano quando saiu de casa para vender fumo e rapadura. Quando conhecidos descobriram seu paradeiro, o ex-bancário decidiu ir ao encontro de Rogério, e fez um financiamento para arcar com os custo das passagens de ônibus e hospedagem dele e outro irmão, chamado Robson.
“Fomos para o Mato Grosso e encontramos o Rogério. Na época ele estava trabalhando com o Eike Batista, comprando ouro e vendendo. Eu voltei para o Paraná, pedi a conta no banco e fui para Mato Grosso. Nós começamos a trabalhar com a compra e venda de ouro junto com o Eike Batista e depois disso fomos fundar nossa própria empresa”, disse.
Garimpeiros desorientados
De acordo com Juarez, faltam orientações governamentais para os garimpeiros desde a proibição da exploração do ouro nas áreas definidas do país, o que faz com que muitos trabalhem ilegalmente.
Questionado sobre os garimpeiros que extraem ouro ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, Juarez disse que eles correm atrás do seu sustento.
“Correto não estar, é difícil chegar em um bom senso, mas tinha que achar uma forma dessas pessoas trabalharem.”
Ele defende a realização de uma força-tarefa do governo para mapear os garimpeiros do país para depois dar condições adequadas de trabalho em áreas legalizadas.
Tributação pesada
O fundador e presidente da Ourominas que os impostos pagos no Brasil são muito caros e que 70% do lucro das operações de compra e venda de ouro ficam com o governo.
“O fabricante de joias poderia ter um fator melhor para se produzir aqui, ter menos impostos. Precisa de um ajuste fiscal dentro disso tudo.”
Além da fabricação de joias, o ouro também é usado na tecnologia, como em peças de equipamentos como computadores, celulares, por exemplo.
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