O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) começou a implementar na Bahia novas regras operativas que permitem distribuir de forma mais equilibrada os cortes de geração de energia eólica e solar que vêm ocorrendo principalmente no Nordeste.
Em comunicado nesta quinta-feira, o órgão afirmou que essa regra, que já está sendo aplicada desde setembro no Ceará e no Rio Grande do Norte, envolve uma “clusterização” para controle de fluxos no sistema elétrico, “evitando desequilíbrios acentuados no ponto de operação, mitigando riscos à operação”.
As restrições de geração eólica e solar no Brasil aumentaram significativamente neste ano, em um problema que vem preocupando investidores devido à energia “desperdiçada” e não ressarcida.
No mês passado, o ONS ampliou os limites de intercâmbio da energia gerada no Nordeste para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Norte, após a entrada em operação de novas instalações de transmissão.
Mas os cortes de geração, chamados tecnicamente de “curtailments”, ainda continuam, e tem sido impostos pelo ONS principalmente como medida para garantir a confiabilidade do sistema elétrico e respeitar limites da rede de transmissão nacional.
“Neste momento, a clusterização será direcionada especificamente às restrições relacionadas ao Fluxo Bahia em sua região Sudoeste (FBASO) e ao controle de carregamento dos Capacitores Série das LTs (linhas de transmissão) 500 kV Rio das Éguas – Barreiras II C2 e C5, em casos de contingência de um desses circuitos”, explicou o ONS, em nota.
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Será avaliada a expansão da regra para outras regiões do sistema brasileiro, “buscando garantir a segurança operativa e a utilização eficiente dos recursos eletroenergéticos disponíveis”, acrescentou.
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