Em outubro, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, havia dito que a companhia reiniciaria a operação no início de 2026, mas não deu um prazo mais específico.
A Petrobras voltou a investir em fertilizantes após uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca deixar o setor agrícola menos dependente de importações do insumo.
A Fafen Sergipe tem capacidade instalada para 1,8 mil toneladas de ureia por dia, enquanto a Fafen Bahia pode produzir 1,3 mil toneladas/dia.
As Fafens chegaram a ser arrendadas pela Unigel, mas voltaram ao controle da Petrobras neste ano, após ficarem hibernadas desde 2023 por dificuldades financeiras.
Uma outra unidade parada desde o governo anterior, a Ansa, no Paraná, deve ter a partida iniciada em março de 2026, de acordo com o executivo. A fábrica paranaense tem capacidade de 1,9 mil toneladas diárias.
O plano inicial da Petrobras é atender em 2026 cerca de 20% do mercado brasileiro de fertilizante nitrogenado, produto que o Brasil importa em grande escala.
Mas, segundo o diretor, os planos da companhia vão além.
Até o fim da década, o país deve produzir cerca de 40% da demanda interna de ureia, hoje quase totalmente importada.
Em 2029
A Petrobras também prevê iniciar em 2029 a produção de fertilizantes em Três Lagoas (MS), fábrica cuja construção foi paralisada por anos, ampliando a capacidade nacional e reduzindo importações.
“O Brasil consome cerca de 8 milhões de toneladas de ureia por ano. Vamos chegar a menos de 4 milhões de toneladas importadas com Três Lagoas operando, com as Fafens e Ansa. Vamos atender 40% ou mais do mercado”, disse França.