A proposta de autoria do conselheiro Francisco Petros foi encaminhada ao presidente da estatal e aos ministros das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, conforme informou mais cedo o jornal Valor Econômico.
Nos 45 dias de prazo, haveria tempo para a Petrobras tentar convencer o governo a implantar um programa de subsídio a combustíveis, como forma de amenizar os reajustes aos consumidores, segundo uma das fontes. Isso permitiria que a empresa seguisse preços de mercado.
Como contrapartida ao congelamento temporário dos preços, a União se comprometeria a manter a atual governança da companhia com a retirada tanto das indicações do secretário de desestatização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, para substituir o presidente José Mauro Coelho, quanto aquelas dos conselheiros que representam o acionista controlador, disse o jornal em sua edição online.
Uma das fontes que confirmou à Reuters a reunião disse considerar difícil o governo voltar atrás nas indicações do novo presidente, assim como dos novos conselheiros.
Nesta sexta-feira, após o anúncio de reajuste dos preços do diesel e gasolina pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro voltou a expressar descontentamento com a direção da companhia.
Ele chamou de “traição” o novo reajuste dos combustíveis e afirmou que já conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para articular a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o conselho da estatal petrolífera.
Lira pediu a renúncia imediata do presidente da Petrobras, dizendo que líderes parlamentares discutirão a possibilidade de dobrar a taxação dos lucros da estatal.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia não comentou assunto imediatamente.