A Petrobras não pode perder a oportunidade de comercializar gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, por se tratar de um negócio com alta margem de lucro. “Petrobras precisa estar no mercado de GLP”, disse a CEO Magda Chambriard nesta segunda-feira (18).

O conselho da empresa concedeu recentemente permissão para a Petrobras entrar na distribuição de GLP.

“A Petrobras está analisando a possibilidade de estabelecer preços diferenciados para consumidores industriais e residenciais de GLP”, disse Chambriard durante entrevista online ao canal Eixos.

Assim, o objetivo da companhia é aproveitar o aumento de margem que tem sido observado nos últimos anos, “às vezes maior do que (o retorno) do pré-sal”, disse a presidente da estatal.

“O mercado (de GLP) está começando a se desorganizar de novo, por isso a Petrobras pode ir para distribuição”, disse Magda, ressaltando que a estatal está estudando separar novamente o preço do GLP industrial do preço do gás de cozinha.

Petrobras quer disciplinar o setor

Magda afirmou ainda que o papel da Petrobras é disciplinar o mercado de GLP, um produto importado, e que poderia ser substituído pelo gás natural.

“O GLP está se transformando em negócio altamente lucrativo e nós queremos participar. Temos que participar do mercado de GLP faturando e ajudando a discipliná-lo”, disse a CEO da Petrobras.

Segundo Magda, o setor do agronegócios está pensando em usar GLP para secar grãos no interior do País. “Temos melhorado a logística do gás natural e reduzimos o preço para as distribuidoras em quase 40%, mas ao mesmo tempo o GLP avança no preço no industrial, é uma indisciplina do mercado”, avaliou. “A Petrobras tem um papel de otimização no mercado de gás”, acrescentou.