A Petrobras (PETR3; PETR4) rejeitou na noite de quinta-feira (1) que o indicado para ocupar a diretoria jurídica da companhia foi sócio do ex-diretor Nestor Cerveró, um dos implicados no esquema de corrupção da empresa apurado pela operação Lava Jato.
A empresa se manifestou a pedido de esclarecimento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sobre reportagem publicada pelo colunista do jornal O Globo.
“Não proceda a informação de que o Sr. Marcelo foi sócio do ex-diretor Nestor Cerveró”, afirmou a Petrobras nos esclarecimentos à CVM, referindo-se ao advogado-geral da companhia, Marcelo Oliveira Mello.
“O Sr. Marcelo nunca foi sócio de sociedades offshore, bem como foi testemunha de acusação, arrolada pelo Ministério Público Federal, em ação penal proposta contra o referido ex-diretor (Cerveró)”, acrescentou a Petrobras.
Além do comentário sobre Mello, a CVM indagou à Petrobras sobre a nomeação do gerente-geral do departamento jurídico, Carlos César Borromeu de Andrade.
“Na qualidade de gerente, o sr. Carlos Borromeu não era subordinado ao ex-diretor Nestor Cerveró, mas sim à Gerência Executiva do Jurídico”, afirmou a Petrobras.
A companhia também afirmou que seu conselho de administração chegou a se reunir na quarta-feira sobre uma possível revisão do processo de escolha de nomes da estrutura geral da empresa e concluiu “por maioria, pela manutenção da matéria na esfera de competência da diretoria executiva” .
Veja também
- Petrobras confirma plano de investir mais de R$ 635 bilhões entre 2025 e 2029
- Vai sobrar petróleo: os desafios para o futuro da Petrobras em cinco pontos
- Apesar de recorde no pré-sal, a produção de petróleo cai no Brasil em setembro
- Ibama pede mais informações à Petrobras em processo de exploração da Foz do Amazonas
- Declínio de campos mais antigos derruba produção da Petrobras no Brasil em 8,2%