A Petrobras (PETR3; PETR4) reafirmou em comunicado ao mercado nesta segunda-feira (18) que está realizando due diligence na Braskem (BRKM5), para eventual exercício de tag along ou direito de preferência, na hipótese de alienação das ações detidas pela Novonor na companhia. Isso significa que a estatal poderia exercer direito de preferência em uma eventual venda da participação da sócia Novonor na Braskem.
A ação da Braskem encerrou o pregão em alta de 5,84%, a R$ 23,21, enquanto a ação preferencial da Petrobras avançou 0,74%, a R$ 34,13.
A manifestação da empresa acontece após, no domingo, Lauro Jardim, colunista do jornal “O Globo”, afirmar que a Petrobras já teria recebido o desenho de “sócio ideal” na petroquímica. Ainda de acordo com a publicação, “a melhor proposta é a feita por estrangeiros para comprar a parte da Odebrecht na empresa petroquímica e, portanto, virar sócia da Petrobras: a da Apollo/Adnoc, uma parceria entre um fundo de investimento americano com uma estatal de petróleo dos Emirados Árabes”.
A estatal informou no comunicado, no entanto, que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração da empresa em relação ao tema.
“Decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e
estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis”, disse a Petrobras no documento.
O que diz a Novonor
Em comunicado ao mercado, a Braskem disse que não conduz eventuais negociações da Novonor e Petrobras para a venda da companhia, razão pela qual solicitou
esclarecimentos aos seus acionistas.
Em manifestação à petroquímica, a Novonor informou que, “desde as últimas manifestações, até o presente momento, não houve qualquer evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo com as eventuais partes interessadas na aquisição de sua participação indireta na Braskem”.
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