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Negócios

Por que as SPACs, ‘empresas de cheque em branco’, estão desmoronando

Onda de fracassos é um golpe para o setor, que muitos acreditam ter quebrado.

Uma enxurrada de negociações encerradas está atingindo as fusões de SPACs, conhecidas também como empresas de “cheque em branco“, em novo sinal de que o setor está desmoronando.

Pelo menos quatro fusões planejadas entre empresas de aquisição de propósito específico e empresas-alvo que desejam abrir o capital foram canceladas desde o fechamento do mercado na semana anterior, elevando a contagem do ano para 42. A onda de fracassos é um golpe para o setor, que muitos acreditam ter quebrado, deixando alguns investidores sentados em prejuízo.

Empresas afetadas por negócios cancelados

A explosão de acordos encerrados teve um valor empresarial combinado de aproximadamente US$ 4,3 bilhões e incluiu a mineradora Bitcoin Prime Blockchain Inc., empresa de logística espacial D-Orbit e a startup de tecnologia do mercado de eletricidade Voltus Inc. O ambiente instável de investimentos combinado com um acúmulo de equipes de patrocínio em busca de vários acordos são parcialmente culpados pelos fracassos crescentes, de acordo com alguns observadores do setor.

“O ambiente de mercado torna difícil concluir qualquer fusão de SPAC, muito menos uma de alta qualidade”, disse o CEO da Accelerate Financial Technologies Inc., Julian Klymochko. “Agora, uma infinidade de patrocinadores está analisando vários SPACs com fracasso em potencial.”

O que são SPACs

Os SPACs são chamados de cheques em branco porque arrecadam dinheiro em uma oferta pública com o objetivo de comprar um negócio privado que ainda não foi identificado. O setor foi atingido por um excesso de quase 600 empresas em busca de negócios, além de uma incerteza econômica mais ampla e uma repressão regulatória iminente.

As preocupações levaram 89 patrocinadores a retirar os planos de levantar capital novo para empresas cheques em branco no valor de US$ 23 bilhões somente este ano, mostram dados compilados pela Bloomberg.

As equipes que atingiram seu objetivo não se saíram muito melhor. As ações de empresas que se fundiram com SPACs tiveram mau desempenho, com 80 das cerca de 385 negociando abaixo de US$ 2, segundo dados da Bloomberg. A maioria dos SPACs se torna pública a US$ 10 por ação.

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