A Equatorial Energia foi a única a formalizar uma proposta pela posição de acionista de referência no processo de privatização da Sabesp, informou uma fonte com conhecimento do assunto.
Na semana passada, fontes afirmaram à Reuters que a empresa de saneamento Aegea e a Equatorial estavam entre os investidores interessados na oferta de ações que privatizará a Sabesp.
Segundo os bastidores da disputa, a desistência da Aegea, controlada por Itaúsa e GIC, ocorre por discordância de algumas cláusulas da oferta, como a imposição de “poison pill“, que impedirá que o sócio de referência ultrapasse 30% de participação na companhia sem realizar uma oferta pública de aquisição (OPA).
Outro ponto foi o direito do segundo colocado na disputa pelo bloco de ações da Sabesp de igualar a oferta do primeiro no certame (“right to match“).
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O governo de São Paulo prevê privatizar a Sabesp por meio de um “follow-on” inteiramente secundário realizado em duas etapas. A gestão estadual pretende manter participação minoritária na companhia e encontrar um “investidor estratégico” para adquirir fatia de 15%, que deverá ser mantida até o final de 2029.
Procuradas, a Equatorial e a Aegea não comentaram o assunto.
O Estado de São Paulo, que coordena o processo de desestatização da Sabesp, disse em nota que os finalistas para a tranche prioritária de ações e seus preços só serão divulgados na próxima sexta-feira.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier; reportagem adicional de Andre Romani, Luana Maria Benedito e Patrícia Vilas BoasEdição de Alexandre Caverni)
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