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Programa usa blockchains para certificar produção de terras-raras para veículos
Sistema estabelecerá padrões globais e dará confiança aos consumidores que exigem produtos que possam ser considerados sustentáveis.
Um programa de certificação financiado pela União Europeia usando blockchain está sendo desenvolvido para atestar condições de produção sustentável de terras-raras, pois as montadoras de veículos exigem provas de que os materiais usados para fabricar componentes de motores e baterias de veículos elétricos não estejam ligados à poluição desenfreada.
O sistema estabelecerá padrões globais e dará confiança aos consumidores que exigem produtos que possam ser considerados sustentáveis, disseram dois dos organizadores à Reuters.
As terras-raras são 17 minerais relacionados, encontrados dispersos na crosta terrestre e usados em motores de veículos elétricos e geradores de turbinas eólicas. O processamento de minério de terras raras é uma operação complexa, envolvendo solventes e resíduos tóxicos que precisam ser descartados com cuidado.
O Sistema Circular para Avaliação da Sustentabilidade de Terras-Raras ou CSyARES deve estar pronto em cerca de três anos, disse a Associação da Indústria de Terras-Raras (REIA) e a empresa holandesa de rastreabilidade da cadeia de suprimentos Circularise.
A União Europeia está financiando o projeto por meio da EIT Raw Materials, uma organização que implementa um plano de ação do bloco europeu elaborado em 2020 para garantir minerais críticos para o bloco. O valor do financiamento não foi divulgado.
O sistema rastreará os metais de terras-raras usando tokens blockchain, ou passaportes digitais, através da complexa cadeia de suprimentos, desde a mineração até o fim da vida útil, disse Teresa Oberhauser, da Circularise.
Circularise e REIA são dois dos cinco parceiros envolvidos no CSyARES. Os outros três são a alemã BEC, a dinamarquesa Grundfos e a londrina Minviro.
As empresas de auditoria já emitem certificados de sustentabilidade de produtos de mineração, incluindo alguns metais raros.
A União Europeia considera as terras raras como prioridade máxima porque 98% dos ímãs permanentes do bloco, também vitais para o setor militar, são importados da China.
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