A dívida do grupo Americanas (AMER3) é maior do que a inicialmente prevista e chega a cerca de R$ 50 bilhões, disseram fontes próximas ao processo de recuperação judicial da empresa nesta segunda-feira (20).
Se confirmado, o valor é superior ao divulgado em listas de credores anteriormente. Inicialmente, a dívida era de R$ 41,2 bilhões, tendo subido a R$ 42,5 bilhões após uma atualização em meados de fevereiro. Procurada, a Americanas não respondeu imediatamente a pedido de comentários.
Desde o pedido de recuperação judicial da Americanas, em janeiro, foram descobertos novos supostos passivos da empresa, disseram as fontes. A companhia vive uma crise depois de revelar um rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões no início do ano.
Um diagnóstico com detalhes da crise da Americanas deve ser apresentado à Justiça do Rio de Janeiro nas próximas horas pela administração judicial do caso, segundo as fontes, que falaram sob condição de anonimato porque as informações não são públicas.
Paralelamente, segundo a coluna de Lauro Jardim, em O Globo, a Americanas protocolou o plano de recuperação judicial nesta segunda. O jornal diz que, no plano, a companhia propõe aporte de R$ 10 bilhões por acionistas de referência, como já havia divulgado ao mercado, e também prevê a venda de ativos, incluindo o hortifruti Natural da Terra.
A companhia não respondeu imediatamente a pedido de comentário sobre o plano, e o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro disse que não havia registro até o momento de apresentação do plano.
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