A Petrobras (PETR3 PETR4) informou na noite desta quinta-feira (a 26) que suas
estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), avançaram 6,06% em 2022 na comparação com 2021, para 10,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural. Segundo comunicado, em 2022, a Petrobras realizou a maior adição de reservas de sua história (2,0 bilhões de boe), pelo segundo ano consecutivo.
“Essa adição de reservas ocorreu, principalmente, em função do prosseguimento no desenvolvimento do campo de Búzios, e de novos projetos para aumento da recuperação de petróleo em outros campos das Bacias de Santos e Campos, além de apropriações pelo bom desempenho das jazidas. Não tivemos alterações relevantes referentes à variação do preço do petróleo”, esclareceu a empresa em nota.
A estatal também informou que ocorreram reduções decorrentes da cessão de 5% de participação no excedente da cessão onerosa em Búzios e do efeito dos acordos de coparticipação do excedente da cessão onerosa de Atapu e Sépia, além de ações de cessão de direitos em campos maduros.
Segundo a empresa, a relação entre as reservas provadas e a produção (indicador R/P) aumentou para 12,2 anos.
Certificação
A Petrobras, historicamente, submete à certificação pelo menos 90% de suas reservas provadas segundo o critério SEC. Atualmente, a empresa certificadora é a DeGolyer and MacNaughton (D&M).
A Petrobras também estima reservas segundo o critério ANP/SPE (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis / Society of Petroleum Engineers). Em 31 de dezembro de 2022, as reservas provadas segundo este critério atingiram 10,7 bilhões de barris de óleo equivalente.
“As diferenças entre as reservas estimadas pelos critérios ANP/SPE e SEC estão associadas, principalmente, à utilização de diferentes premissas econômicas e à possibilidade de se considerar como reservas, no critério ANP/SPE, os volumes previstos de serem produzidos além do prazo contratual de concessão nos campos do Brasil, de acordo com o regulamento técnico de reservas da ANP”, explicou a empresa.
Política Tributária
Na noite desta quinta-feira, a estatal informou também que seu conselho de administração aprovou uma política tributária aplicável à companhia e suas participações societárias.
Segundo a empresa, a política tem como diretriz o cumprimento da legislação tributária do Brasil e dos países onde atua, definindo a estratégia da companhia com base na interpretação técnica das normas, padrões e processos.
Além disso, a Petrobras assumiu o compromisso de não possuir participações societárias em jurisdições reconhecidas como de tributação favorecida, “bem como observar as regras de Preço de Transferência previstas no Brasil e nos países em que atua, em relação a todas as transações com partes relacionadas, ou não relacionadas, quando assim exigido pela Lei”.
Rodrigo Araujo, Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, escreveu em comunicado que a política reitera o compromisso da Petrobras em assegurar que a gestão tributária, que abrange os tributos e as participações governamentais, esteja aderente à legislação em vigor, no Brasil e nos países onde a companhia atua.
“Além disso, a Política reforça o princípio de que a condução da gestão tributária é pautada na ética, integridade, transparência, eficiência e responsabilidade social, contribuindo para o desenvolvimento social e econômico do Brasil e dos países onde a Petrobras atua”.
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