A Rumo está se preparando para transportar soja, farelo e milho no segundo semestre, em meio a uma dinâmica de comercialização mais lenta pelos produtores. A análise é do vice-presidente financeiro da maior operadora de ferrovias de carga do país, Guilherme Machado, nesta sexta-feira.

“Vemos o segundo semestre com uma dinâmica parecida com a dos dois primeiros trimestres, com comercialização um pouco mais lenta e talvez cautelosa pelos produtores, o que se reflete nas posições das tradings que são de fato nossos clientes”, afirmou o executivo, durante conferência sobre os resultados da empresa no segundo trimestre.

“Não vemos nenhuma disrupção no preço de frete, e os atuais patamares estão saudáveis para nossa operação”, disse Machado, estimando estabilidade no preço das cargas ao longo da segunda metade deste ano.

O executivo citou que “ainda tem volume de soja por sair” do Mato Grosso e que a safra de milho está com comercialização mais atrasada.

“Serão três produtos coexistindo no nosso sistema no segundo semestre e será um desafio”, afirmou se referindo a soja, farelo e milho.

O executivo explicou que a empresa está antecipando manutenções para abrir espaço para cargas no quarto trimestre e reafirmou a confiança no cumprimento das estimativas de desempenho da Rumo para o ano, que incluem uma expectativa de transporte de 82 bilhões a 86 bilhões de TKUs e um lucro operacional medido pelo Ebitda de R$ 8,1 bilhões a R$ 8,7 bilhões. No primeiro semestre, a empresa registrou Ebitda de R$ 3,2 bilhões.