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Santander Brasil tem queda no lucro do 3° tri com provisões e pressão em margens

O banco reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,122 bilhões no período.

Fachada de agência do Santander no Rio de Janeiro
Fachada de agência do Santander no Rio de Janeiro 07/10/2009 REUTERS/Sergio Moraes

O Santander Brasil (SANB11) registrou lucro líquido gerencial (que exclui o ágio de aquisições) de R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 28% em relação ao mesmo período de 2021. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a baixa foi de 23,5%.

O resultado ficou abaixo das expectativas, à medida que pesquisa da Refinitiv com analistas projetava lucro de R$ 3,76 bilhões.

Nos dois períodos de comparação, pesaram as maiores provisões do banco contra a inadimplência, em um cenário de atrasos mais acentuados. Ao mesmo tempo, a margem financeira bruta da instituição caiu, diante das perdas registradas pela tesouraria.

As margens do Santander recuaram 13,8% em um ano, enquanto a receita com serviços caiu 2,1, o que levou à queda do resultado líquido. O resultado operacional do Santander foi de R$ 3,321 bilhões, baixa de 46,5% em um ano.

Na margem financeira bruta, o resultado foi sustentado pela margem com clientes, que reflete o resultado com operações para empresas ou pessoas físicas, e que foi de R$ 14,143 bilhões, alta de 17% no espaço de um ano.

Segundo o Santander, os números cresceram em relação a 2021 graças ao ajuste do mix de crédito, à mudança nos preços dos empréstimos e também à maior seletividade. Além disso, a margem de produtos ganhou fôlego diante dos maiores volumes e de um mix mais favorável.

Já a margem com mercado, que contabiliza os resultados com tesouraria, foi negativa em R$ 1,545 bilhão. O resultado é fruto da sensibilidade negativa do banco, nesta frente, às taxas de juros. No segundo trimestre deste ano, a tesouraria do Santander já havia anotado perdas pelo mesmo fator.

Já o spread (diferença entre custo de captação e os juros cobrados dos clientes) anualizado do Santander subiu 0,4 ponto porcentual em um ano e foi de 10,7%.

Patrimônio e rentabilidade

Fachada de agência do Santander no Rio de Janeiro
Fachada de agência do Santander no Rio de Janeiro 07/10/2009 REUTERS/Sergio Moraes

O Santander Brasil chegou a setembro com R$ 1,006 trilhão em ativos, alta de 3,8% em um ano, e de 2% em três meses. O banco comenta que o resultado se deu pelo crescimento da carteira de crédito, das aplicações interfinanceiras de liquidez e da carteira de câmbio.

No mesmo período, o patrimônio líquido da instituição chegava a R$ 81,077 bilhões, alta de 4,5% em um ano.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) do Santander porém, recuou: ficou em 15,6%, uma retração de 6,8 pontos porcentuais ante o mesmo intervalo de 2021, e de 5,2 p.p. em três meses.

(*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)

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