A China emitiu, sem fazer alarde, suas primeiras cotas de mineração e fundição de terras raras para 2025 sem a típica declaração pública, disseram fontes com conhecimento do assunto nesta semana. Este é outro sinal de que Pequim está reforçando seu controle sobre o setor.

As cotas são monitoradas de perto como um termômetro para a oferta global de terras raras, um grupo de 17 elementos usados em veículos elétricos, turbinas eólicas, robôs e mísseis.

A China é o maior produtor mundial dos minerais e o governo costuma emitir as cotas duas vezes por ano para as empresas estatais, mas elas foram adiadas este ano.

O governo emitiu o primeiro conjunto de cotas para o ano apenas no mês passado, sem a declaração pública habitual, disseram as fontes, sendo que uma delas afirmou que as empresas foram instruídas a não compartilhar os números por motivos de segurança. Esses detalhes estão sendo relatados pela primeira vez.

As fontes não informaram os volumes das cotas.

A China está cada vez mais sensível em relação às terras raras e ao seu controle sobre a oferta, o que ela tem buscado fazer valer em meio às discussões comerciais com os Estados Unidos e a União Europeia.

Restrições às exportações

Pequim adicionou vários dos elementos e ímãs relacionados à sua lista de restrições de exportação em retaliação aos aumentos de tarifas dos EUA, cortando o fornecimento e forçando algumas montadoras fora da China a encerrar parcialmente a produção.

Nos quatro anos anteriores, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China emitiu o primeiro lote de cotas no primeiro trimestre do ano em um anúncio em seu site.

O ministério não respondeu imediatamente a uma solicitação para comentar por que as informações não foram divulgadas publicamente.