Após terminar a primeira rodada sem nenhum lance e ter o valor mínimo reduzido pela metade, a segunda fase do leilão da Chocolates Pan também não recebeu nenhuma oferta até agora. Tida como uma das principais interessadas entre especialistas após adquirir a antiga fábrica da empresa, a Cacau Show diz que está analisando a compra das marcas, mas que “dificilmente” irá participar da disputa.
O leilão das marcas da Pan começou no dia 29 com lance mínimo de quase R$ 28 milhões – valor determinado por uma perícia feita a pedido da Justiça de São Paulo, segundo a Positivo Leilões. A primeira fase terminou em 1º de fevereiro sem lances. Agora, a segunda rodada termina às 13h da próxima sexta-feira (16), com lance mínimo de R$ 13 milhões. Se ninguém se interessar, a Pan vai a leilão sem valor mínimo determinado para lance.
Apesar do cenário parecer demonstrar uma falta de interesse do mercado pela dona dos icônicos lápis de chocolate e outros produtos, o leiloeiro oficial, Erick Teles, diz que a expectativa segue positiva e compara o movimento ao leilão da própria fábrica da Pan, arrematada pela Cacau Show em outubro. “O lance foi nos momentos finais”, lembra ele.
Em nota enviada ao InvestNews, a Cacau Show diz que a aquisição “foi motivada pela preservação de um capítulo icônico da história do chocolate no Brasil”.
“Arrematamos a fábrica com tudo que tem dentro, para garantir que aquele maquinário, parte importante da construção da indústria do chocolate no Brasil, seja preservado com o respeito que merece”, afirma a empresa. Já a compra das marcas gera dúvidas.
“Embora estejamos analisando a compra das marcas Pan, dificilmente participaremos do leilão. Estamos sempre abertos a aquisições que façam sentido para o nosso ecossistema de produtos e serviços.”
Cacau Show, em nota
Mas a empresa não é a única que estuda possibilidades diante do leilão. Segundo Erick Teles, cinco licitantes já se habilitaram para participar da disputa. Ele diz que, em leilões de falência, é comum que os lances sejam dados somente nos momentos finais, com os participantes deixando o leilão se arrastar até a fase em que não há lance mínimo.
Mas ele ressalta que isso não significa que o valor final nessa fase será menor que nas anteriores. Isso porque, dependendo da estratégia e do interesse do mercado, a disputa pode ser imprevisível.
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