A Stellantis levará os funcionários de volta para o escritório e revogou sua política de trabalho remoto. O movimento ocorreu depois que um alerta sobre os lucros provocou uma reformulação da alta gestão da montadora.
A fabricante de Jeeps e Fiats agora quer que os funcionários estejam no escritório três dias por semana, em média — uma grande mudança em relação à política anterior de 70% de trabalho remoto. A Stellantis vai renovar os espaços de trabalho para receber de novo os funcionários, disse o diretor de recursos humanos Xavier Chereau em uma entrevista no salão do automóvel de Paris.
“Precisamos ser pragmáticos e estamos recalibrando”, disse Chereau. “Se há um projeto complicado que precisa de atenção, então será a semana inteira no escritório.”
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O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, tinha defendido o trabalho remoto após o isolamento da Covid e, assim, reduziu drasticamente o espaço de escritório e vendeu ativos imobiliários para cortar custos. Os sindicatos criticaram a intensidade da medida, dizendo que os trabalhadores são frequentemente encorajados a ficar longe o máximo possível.
Investidores e analistas colocaram a estratégia do CEO sob escrutínio após vendas fracas, problemas de qualidade e atrasos no lançamento de novos modelos importantes culminarem em um grande alerta nos resultados no mês passado. Tavares adotou um tom desafiador desde então, e prometeu correções no mercado-chave dos EUA, além de dispensar executivos, incluindo seu diretor financeiro.
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No início deste ano, a Stellantis já havia pedido aos engenheiros automotivos para voltarem ao escritório com mais frequência. A empresa agora está ampliando o escopo para incluir todas as equipes de pesquisa e desenvolvimento e várias outras funções, disse Chereau.
Os sindicatos reclamam de esforços contínuos para cortar posições em países de alto custo, como a França, mudança que dizem ter minado o moral e levado à perda de talentos importantes. No mês passado, a Stellantis convidou funcionários em Poissy para encontrar recrutadores de empresas como a concessionária francesa Engie e a fabricante de equipamentos para aeronaves Safran.
Ainda assim, Chereau disse que o principal objetivo da montadora não é demitir trabalhadores, mas retreiná-los para a transição para carros elétricos. A empresa gastará US$ 157 milhões este ano para requalificar funcionários.
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