O contrato mais ativo chegou a subir 8,7%, para US$ 3,1385 a libra, o maior valor desde 6 de março. Os contratos futuros de suco de laranja subiram desde a semana passada, quando Trump anunciou tarifas que entrariam em vigor em agosto, o que pode prejudicar o comércio de commodities que vão do café à carne bovina.
O Brasil é o principal fornecedor de suco de laranja para os EUA, com vendas de US$ 1 bilhão, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. Os embarques do México, o segundo maior fornecedor, representam cerca de um terço do volume brasileiro.
A ameaça de interrupção do fornecimento ocorre em um momento em que os EUA se tornaram cada vez mais dependentes das importações brasileiras em meio à queda na produção na Flórida, de acordo com Craig Elliott, analista de mercado da Expana.
Embora o impacto da tarifa de importação “permaneça incerto, o volume de suco de laranja potencialmente afetado é significativo”, disse Elliott. Isso “poderia corroer ainda mais a competitividade do Brasil em um ambiente de mercado já desafiador”.
Redução das tarifas
O Brasil poderia solicitar aos EUA a redução da tarifa de 50% para 30% e discutir possíveis cotas de exportação para café e laranja, informou a CNN Brasil na segunda-feira. O Brasil é o maior produtor mundial de café arábica, e os contratos futuros do grão premium subiram até 4,4% na segunda-feira, a maior variação intradiária desde o final de abril.
A imposição de taxas “impactaria severamente os embarques de café brasileiro para os EUA, elevando os preços nos EUA e deixando café excedente no mercado mundial”, escreveu Mark Bowman, analista da ADM Investor Services. As taxas também aumentariam a demanda por café já estocado nos armazéns da bolsa americana, elevando os preços futuros, acrescentou.