A América Móvil, que já atua no país por meio da ClaroVTR, teria interesse no negócio de telefonia móvel da Telefónica Chile. Já a Entel ficaria com a parte de telefonia fixa, de acordo com as fontes, que pediram anonimato por se tratar de negociações privadas.
O acordo representaria a consolidação do competitivo mercado de telecomunicações do Chile. A Telefónica está entre as quatro empresas que atualmente disputam o mercado chileno. Uma concorrente, a WOM, se recuperou recentemente da recuperação judicial, enquanto a ClaroVTR recebeu uma nova injeção de capital de um de seus proprietários. A WOM também pode fazer uma oferta por parte da Telefónica no Chile.
A negociação conjunta ocorre em meio a especulações de que algumas ofertas seriam bloqueadas pelo regulador, devido a preocupações antitruste.
A Movistar, como é conhecido o serviço de telefonia móvel da Telefónica, detinha 23,2% do mercado em junho, de acordo com os últimos dados coletados pelo regulador. Enquanto isso, a Entel tinha 33,2% e a Claro, 20,9%.
A ClaroVTR e a Entel não responderam imediatamente aos pedidos de comentário. A espanhola Telefónica e a América Móvil se recusaram a comentar.
Brasil no foco da Telefónica
A venda faz parte do plano do presidente da Telefónica, Marc Murtra, como parte de uma ampla revisão implementada após sua entrada na empresa, em janeiro.
Desde julho do ano passado, a empresa anunciou a venda de subsidiárias no Peru, Colômbia e Argentina. Murtra afirmou que a consolidação nos mercados europeus é um pilar fundamental de sua visão, que será apresentada em 4 de novembro, com Brasil, Alemanha, Reino Unido e Espanha como os quatro mercados principais.